A Associação de Futebol do Porto conta com mais 100 árbitros nos seus quadros, tantos quanto os que, esta sexta-feira, receberam as insígnias das mãos de José Manuel Neves e Carlos Carvalho, presidente da associação e do Conselho de Arbitragem da AF Porto, respetivamente.
O curso de formação de setembro contou, pela primeira vez, com os três núcleos de árbitros (Francisco Guerra, Vale de Sousa e Costa Verde) que compõem a arbitragem da associação. “Os núcleos de arbitragem e o Conselho de Arbitragem da AF Porto são peças essenciais na nossa associação, para que os árbitros que aqui estão presentes preparem o seu trabalho e os seus jogos”, sublinhou José Manuel Neves, consciente da realidade que envolve a arbitragem na atualidade. “Só chega ao patamar mais alto da pirâmide, quem trabalha, mas sobretudo quem nunca desiste, substituam a palavra desistir pela palavra resistir”, lembrou.
Na sua intervenção, Carlos Carvalho valorizou a aposta dos jovens na arbitragem. “São uns pequenos heróis nos tempos que correm, não é para toda a gente é para quem gosta de correr um determinado risco na vida, porque são os que atingem os seus objetivos”, destacou. “A partir de agora, têm de trabalhar o verbo acreditar porque só assim atingimos os objetivos, caso contrário ficamos pelo caminho”, acrescentou.
Com o auditório da associação lotado, Luciano Gonçalves, presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol, deixou alguns apontamentos úteis para quem quer alcançar o mais alto nível: “É muito provável que esteja nesta sala um árbitro de primeira categoria, ou um árbitro internacional, porque todos começaram da mesma maneira. Na arbitragem não existe sorte. Mas com trabalho, competência e oportunidade, quando estes três fatores se juntarem, aí sim, vão ter sorte”.
Por último, João Rocha, vice-presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, apontou o caminho que se segue: “Não é fácil ser árbitro, temos dificuldade em recrutar árbitros e em mantê-los. A vontade é muita, mas as dificuldades começam agora. O caminho é difícil, mas é motivador, ter uma carreira na arbitragem implica um grande sacrifício pessoal, ter tempo, porque se queremos ter qualidade no que fazemos precisamos de ter alguma dedicação e empenho”.