A Associação de Futebol do Porto volta a marcar uma forte e importante posição no panorama a nível nacional do futsal, com três dos seus filiados envolvidos na Liga de Futsal Feminina Placard. Águias de Santa Marta, Maia Futsal e EDC Gondomar são três das doze equipas envolvidas, ou seja, quase 25% dos clubes, melhorando aquilo que já tinha sido um feito em 2016/17, quando juntou na altura Sporting Canidelo, Restauradores Avintenses e EDC Gondomar, mas com com 16 equipas em prova.
A Liga de Futsal Feminina Placard arranca no próximo dia 21 de setembro com o Maia Futsal-UD Povoense, num campeonato que promete grandes emoções. O Águias de Santa Marta vai até Setúbal defrontar o Futsal Feijó enquanto o EDC Gondomar recebe o Santa Luzia. Num contexto tão competitivo, perguntamos aos presidentes dos três clubes em prova que detalhes podiam fazer a diferença.
“Vamos ter um campeonato muito competitivo por força da estratégia da Federação Portuguesa de Futebol para que a I Divisão seja altamente competitiva e para que as nossas seleções sejam cada vez mais fortes. Claro que com 12 equipas em prova e quatro descidas teremos muito pouca margem de manobra para recuperar pontos. Quem falhar menos terá mais probabilidades de se manter, mas não vai ser fácil”, vaticinou Bruno Magalhães, Presidente do Maia Futsal Clube. “Quem tiver a estrutura, a equipa técnica e um plantel mais consistente e estiver bem apetrechado em termos de conhecimento dos adversários terá vantagem”, apontou.
Envolvido nesta luta a nível nacional há já várias épocas (desde 2019/20 com participações consecutivas), o Águias de Santa Marta conhece muito bem o campeonato que aí vem e promete estar em bom plano, apesar de perceber algumas das dificuldades. “Cada ano é um problema para equipas como a nossa, que não estão ligadas a um clube grande, porque as despesas são cada vez maiores. Temos um bom grupo unido e de qualidade, mas as despesas aumentam época após época e as equipas, como a nossa, tentam sobreviver, apesar da entrada no mercado de jogadoras cada vez mais caras. Vamos ver se nos conseguimos manter no meio da tabela, pelo menos”, comentou Adão Sousa, Presidente do clube de Penafiel.
Em termos nacionais, é importante para a AF Porto ter três das doze equipas na Liga Feminina Placard pelo impacto positivo que isso gera e os três líderes concordam que só traz benefícios. “Estivemos muito tempo sozinhos no nacional. Com o Gondomar e o Maia ganhamos mais equipas a Norte, o que nos ajuda até porque temos boas relações com os dois clubes e aproveito para dar os parabéns ao Maia pelo trabalho que têm feito e pela subida, todos ajudam a equilibrar mais as forças com os clubes do Sul a nível nacional, o que é sempre bom” sustentou Adão Sousa.
O Maia FC também não fugiu à regra. “É de extrema importância que as três equipas da AF Porto se mantenham, porque só assim teremos mais visibilidade e mais peso do futsal do Norte a nível nacional, até para que a formação possa atrair mais jovens e ajudem a colocar a AF Porto em lugar de destaque, que bem merece por tudo aquilo que tem vindo a fazer pelo futsal. Todos saem a ganhar se nos mantivermos todos e em termos financeiros é muito mais vantajoso”, sublinhou Bruno Magalhães
É claro que todos vão à luta com armas diferentes e a EDC Gondomar voltou a apostar na continuidade e em manter a espinha dorsal do plantel para se fixar entre os melhores. “Com o facto de mantermos quase todas as nossas atletas, o nosso trabalho ficou mais consolidado e ganhou em rigor. Termos mantido a espinha dorsal do plantel é decisivo do nosso ponto de vista e dá-nos garantias, porque nos permite dar continuidade a um trabalho que temos vindo a desenvolver nos últimos anos com esta treinadora”, argumentou João Paulo Cruz, Presidente da EDC Gondomar.
“O facto de estarmos na Liga Placard pelo terceiro ano consecutivo fez com que o nosso número de atletas femininas crescesse mais 30 a 40 por cento. Temos os escalões de formação todos e isso permite-nos puxar cada vez mais gente da nossa formação para a equipa principal”, reconheceu João Paulo Cruz.
