A uma jornada do fim da primeira fase da Liga TRUST, o CA Sangemil já garantiu o primeiro lugar e só vai esperar pela última ronda do campeonato para ficar a conhecer todas as equipas que vai defrontar na fase de apuramento de campeão. Mas do que não restam dúvidas é dos objetivos traçados pelos responsáveis da formação maiata, esses assumidos desde o primeiro minuto. “O nosso objetivo de início de época já estava alicerçado no pressuposto de estarmos na disputa pela subida de divisão, sempre tivemos essa ambição e construímos o nosso plantel a pensar nisso, nunca o escondemos”, explicou João Marques, treinador do Sangemil. “Mantivemos a base da época passada e fomos procurando trabalhar respeitando todos os adversários, conscientes de que estávamos num campeonato muito competitivo, com equipas de qualidade”, acrescentou.
Já na época passada, o clube venceu a Taça AF Porto pela segunda vez na história da prova e deixou uma imagem muito positiva. “Sabíamos que já tínhamos qualidade humana e individual suficiente para conseguir chegar a estes objetivos. Desde o início da época passamos a mensagem de que aquilo que tínhamos feito na época passada não chegava, o que tínhamos ganho já não era suficiente, porque íamos ser olhados de outra forma e porque quem procura só manter acaba sempre por ser ultrapassado por quem evolui. Quisemos sempre crescer, quisemos sempre mais e ser melhores, evoluímos o nosso modelo de jogo e a nossa equipa individual e coletivamente para fazermos face à qualidade que as outras equipas tinham”, lembrou o técnico.

Consciente de que os adversários também trabalham muito com o mesmo objetivo de ganhar, João Marques destacou mesmo a forte competitividade que encontrou em todos os pavilhões: “De há um tempo para cá, nota-se que as equipas estão cada vez mais bem trabalhadas pelas equipas técnicas. Existe qualidade individual em todas as equipas, do primeiro ao último classificado para terem ambições legítimas de ganhar seja que jogo for”. Curiosamente, o Miramar Império foi o único adversário que o Sangemil não conseguiu derrotar, perdendo na primeira volta e empatando na segunda. “Foi um dos adversários mais difíceis, uma equipa com muita qualidade individual, bem organizada, com processos muito bem definidos e que mudou de equipa técnica nas últimas semanas. Acabou, no entanto, por ser uma das melhores equipas da Liga Trust. Mas não foi a única, houve mais equipas, que até vencemos, mas que nos criaram muitas dificuldades pela qualidade que tinham”, sublinhou.
Na fase de apuramento de campeão, João Marques não escondeu que espera mais do mesmo, ou seja, muita competitividade e equilíbrio, e apontou aquilo que, do seu ponto de vista, pode vir a fazer a diferença: “Vão jogar as melhores equipas. Todas vão jogar no limite com a ambição de poderem conquistar os três pontos, pelo que será a surpresa que formos capazes de colocar nos jogos, que poderá fazer a diferença, porque todas as equipas se conhecem muito bem, analisamos todos os jogos uns dos outros, pelo que o fator surpresa estratégico poderá ser determinante. Outra coisa será a experiência e a capacidade mental de jogadores e equipas técnicas para tomar melhores decisões. Depois, claro está, temos alguma vantagem pela diferença pontual que, mesmo reduzida a metade, pode ajudar no desfecho do campeonato”.