A Associação Cultural e Recreativa Modivas volta a estar em foco, depois do regresso às competições distritais em 2019/20 e a recente chamada de Joana Pinto à seleção nacional Sub-15 de futsal foi o pretexto para visitarmos o clube de Vila do Conde.
“Desde o regresso às competições distritais temos vindo a crescer de forma sustentada, com a aposta numa formação de qualidade e na procura de melhorar constantemente as condições que temos, num ambiente que fomente o desenvolvimento integral dos atletas e sua inclusão”, começou por explicar Paulo Pinto, presidente do clube. “Desde a primeira época, a nossa escola de futsal foi certificada como Centro Básico de Formação pela Federação Portuguesa de Futebol, tornando-nos o terceiro clube do concelho a receber essa distinção, após o Rio Ave e a ACDR Caxinas. A certificação atual com 2 estrelas, valida o nosso trabalho como entidade formadora”, acrescentou ainda.
Em tão pouco tempo, conseguir ver recompensado o trabalho, o balanço só pode ser positivo: “Efetivamente, esta época foi extremamente positiva, tanto em termos desportivos como formativos. Nos escalões mais baixos o nosso foco está na formação integral dos atletas. Mais do que os resultados, trabalhamos para que cada criança desenvolva competências técnicas, táticas, sociais e humanas que lhe permitam, no futuro, jogar em qualquer clube e adaptar-se a qualquer contexto competitivo”.
Tem sido nos Sub-15, que a ACR Modivas tem ganho maior relevo, a jogar com uma equipa mista. “Temos uma base de atletas que jogam juntos no Modivas desde os 4 ou 5 anos, que se manteve unida, evoluiu de forma notável e lutou até à última jornada pela subida à Divisão de Elite, reflexo do compromisso e do sucesso do nosso projeto formativo”, acrescentou o presidente, que vê o projeto consolidar-se pouco a pouco e ganhar base para dar outros passos: “Depois de termos estruturado um percurso formativo contínuo dos Sub-7 aos Sub-15, vamos dar mais um passo importante já na próxima época, com a criação da equipa de Sub-17. Isto vai permitir acompanhar os atletas por mais tempo e reforçar a identidade do clube. Nos próximos dois anos, trabalhamos com o objetivo claro de ter equipas a competir em todos os escalões de formação, criando um projeto cada vez mais completo e coeso”.
Depois de ter atletas a integrar regularmente as convocatórias das seleções distritais, a chamada da Joana Pinto á seleção nacional é um marco importante para o clube vila-condense. “O crescimento do número de praticantes e o reconhecimento da comunidade confirmam que estamos a construir um projeto sólido e com resultados consistentes. A chamada da Joana à seleção é histórica para o clube e um reconhecimento do trabalho que temos vindo a desenvolver na formação de jovens atletas. É uma prova de que, com dedicação e paixão, é possível alcançar grandes feitos, mesmo partindo de um clube com recursos limitados”, sublinhou o presidente que, por coincidência, é pai da atleta. “A chamada surpreendeu-nos, mas apesar de jogar a nível distrital, estas serão já a terceira e quarta internacionalizações da Joana. Ela tem demonstrado um talento excecional e uma vontade muito grande de evoluir na modalidade e acreditamos que a sua chamada à seleção é um reflexo do seu talento, do seu empenho e da qualidade do trabalho desenvolvido no clube”, reconheceu.
Joana: “Esta chamada à seleção deixa-me feliz!”
Por estes dias, a Joana não esconde a alegria de voltar a envergar as cores nacionais. A visibilidade de uma chamada à seleção poderá vir a abrir portas para novas oportunidades. “O mais importante é que a Joana continue a focar-se no seu desenvolvimento e a aproveitar ao máximo esta experiência”, comentou o presidente.
“Para mim, esta chamada significa tudo para mim. Sinto-me orgulhosa, muito feliz e ansiosa. No coração, vai um misto de alegria, entusiasmo e responsabilidade por ter o privilégio de representar a seleção”, disse a atleta. “Espero crescer como jogadora e como pessoa. Quero aprender com as melhores, dar o meu máximo, divertir-me e evoluir. O meu sonho é continuar a evoluir e voltar a ser chamada mais vezes. Quero representar Portugal a alto nível e chegar à seleção A. O futsal ocupa uma grande parte na minha vida, é o que mais gosto de fazer e no que mais me dedico e pode ser encarado como um caminho a seguir no futuro, porque todos os meus sonhos giram à volta da modalidade”, explicou a Joana.
O estágio realizado em Madrid incluiu quatro treinos e dois jogos de preparação com a seleção espanhola.
