Com novo campo a vista, Ramaldense ainda não perdeu e sonha com a subida à Honra


O Ramaldense está a fazer um arranque excecional na Série 1 da I Divisão da Associação de Futebol do Porto ao disputar as seis primeiras jornadas do campeonato só com vitórias.

Com menos um jogo, o mítico emblema da Invicta reparte a liderança com o Gervide, mas não é por acaso. “Este empenho transita da época passada. Na segunda volta do campeonato tínhamos perdido um jogo apenas e fizemos uma recuperação extraordinária. Na altura, formamos um grupo muito forte que transitou quase na totalidade. Saíram dois ou três elementos, mas conseguimos arranjar reforços na mesma linha dos jogadores que tínhamos”, explicou Joaquim Novais, presidente do Ramaldense.

Mas este bom início também teve os seus problemas ainda antes da época arrancar. “O treinador que tinha feito toda a segunda volta no ano passado e nos ajudou a preparar esta temporada, saiu antes de começar o campeonato. Olhamos para dentro e a solução acabou por sair de casa. O treinador-adjunto continuou, fomos buscar um jovem treinador da casa, mais um antigo jogador e um bom treinador de guarda-redes e tudo tem corrido bem”, acrescentou.

Depois de ter terminado em segundo lugar na época passada (só o primeiro de cada série se qualificou para a Fase de Apuramento de Campeão), desta vez a subida é um objetivo assumido: “Já tínhamos tentado no ano passado, mas sim, o objetivo é subir”. A questão é pertinente, até porque o clube se vê com um problema de infraestruturas, que o tem impedido de trabalhar como o desejado.“Se subirmos, temos de ter noção que não temos espaço próprio para treinar, que estamos limitados pela utilização do campo do INATEL e, portanto, há várias questões que temos de levar em conta”, sublinhou Joaquim Novais

Mas o problema poderá ficar resolvido a curto prazo: “Até ao final de 2025, está prevista a inauguração do novo campo de Ramalde. Temos a promessa da Câmara Municipal do Porto que o Ramaldense vai ter aí a sua base, o que nos vai permitir ter mais horas de treino e fazer mais jogos. O campo não vai ser só nosso, mas será a nossa casa”.

Esta questão colocada ganha uma importância redobrada e não virá beneficiar apenas a equipa sénior. “Apesar das dificuldades de espaços para treinar e não só, temos equipas de benjamins, infantis, iniciados, juvenis e juniores, o que para o Ramaldense é um feito imenso. Na formação temos uma dificuldade imensa para jogar, porque o campo do Viso nem sempre está disponível. Já temos jogado “em casa”, em Gondim, em Folgosa da Maia, ou em Vila Nova de Gaia, o que não é fácil, porque nos obriga a andar com a casa às costas. Mas esperamos poder trabalhar melhor a formação a partir da próxima época”, rematou Joaquim Novais.