Nunca na história da Associação de Futebol do Porto houve tantas jogadoras de futebol e futsal. O final da época de 2023-2024 fixou um novo recorde global no distrito do Porto no que atletas federadas diz respeito, contribuindo desta forma para a tendência clara da expansão e o reconhecimento que as modalidades têm experimentado no contexto nacional e internacional nos últimos anos.
Terminaram a época 2006 jogadoras de futebol, modalidade que pela primeira vez ultrapassou a barreira das 2000, e 939 de futsal, com o total de atletas a ultrapassar as 3000 se juntarmos a estes números as atletas (cerca de 150) que já se encontram inscritas na modalidade de Walking Football.
Face ao período homologo da época anterior (que tinha também fixado um novo máximo), a percentagem de crescimento no futebol feminino é de 27,28%, representando um número absoluto de 427 jogadores. Uma curiosidade a sustentar este número é que é num escalão de base que a percentagem de atletas mais cresceu: 74% nas Sub-7, refletindo também aqui o foco da Associação de Futebol do Porto em investir nos escalões de formação
No futsal feminino, a tendência de crescimento registou uma percentagem ainda mais animadora. Terminaram a época de 2022-2023 668 atletas, menos 271 do que as 939 que se contam hoje nos pavilhões do distrito. Um crescimento de 40,57%, numa modalidade em que a maioria das jogadoras estão no escalão sénior.
União de esforços é determinante para o crescimento
O crescimento do futebol e futsal femininos do distrito do Porto é uma realidade, mas não ocorre só porque “é moda”. Este crescimento reflete um conjunto de circunstâncias e medidas que permitem o crescimento sustentado, quer no futebol, quer no futsal.
Além da criação de provas e do espaço competitivo para cativar as jovens jogadoras e não as deixar desistir, há ainda um fator importante de componente de infraestruturas que são fundamentais para permitir o aumento do número de equipas e de tempo de treino no seio dos nossos clubes.
Desta forma, além do esforço da Associação, que suporta os custos das inscrições, dos seguros das atletas e do material desportivo, é também fundamental a criação de infraestruturas como balneários, novos campos e também de iluminação, que permite a utilização prolongada dos campos já existentes.
Neste campo destaque para o programa Crescer 2024, que habilitou clubes a financiarem novos investimentos em infraestruturas, mas também dos municípios, que muitas vezes estão na base do investimento em novas infraestruturas desportivas.
Depois, porque são eles os verdadeiros dinamizadores, de realçar também o papel dos nossos clubes e dos seus dirigentes, que têm encetado esforços para que a vertente feminina seja uma realidade nos seus clubes. Têm sido inúmeros os exemplos de clubes a iniciar equipas femininas nas últimas duas épocas, a que se junta um reforço na aposta daqueles que já tendo, lutam hoje por aumentar a qualidade das suas equipas e lutar por títulos distritais e nacionais - algo que felizmente também já não é uma novidade para os nossos clubes.