Pedro Pontes (também conhecido por Pepe), avançado do Leverense, sagrou-se melhor marcador da I Divisão da Associação de Futebol do Porto na época passada, com 26 golos em 29 jogos, mas viu o azar bater-lhe à porta na fase decisiva da temporada, impedindo-o de contribuir como desejava para ajudar o clube na fase de apuramento de campeão.
“Foi o meu melhor ano em termos individuais, mas quando tudo sai bem e temos dez vitórias consecutivas é tudo mais fácil e é normal destacarmo-nos”, começou por explicar o jogador, que encontrou uma abordagem diferente com o mister Agostinho Silva.
“A liberdade que a equipa técnica me deu em campo foi importante, pude expressar o meu futebol de uma forma livre e tranquila, tornei-me mais objetivo, olhei mais para os números do que em outros tempos e tentei fazer o maior número de golos possível”, acrescentou.
Quando tudo corria sobre rodas, a lesão acabou por ser o pior que podia ter acontecido a Pedro Pontes. “Tive o azar de fazer uma rotura do tendão abdominal e acabei por fazer os últimos seis jogos condicionado, só conseguia jogar 20 minutos. Estou parado desde o final da época passada, mas daqui por mais duas semanas poderei estar de volta”, revelou o avançado, que terminou a época com 28 golos em 31 jogos, a contar já com os dois jogos da Taça AF Porto disputado pelo Leverense.
A lesão tem sido difícil de ultrapassar, mas não impediu o Leverense de renovar com o jogador, que aceitou continuar e explicou por que o fez: “Gosto do clube, as pessoas são impecáveis, a direção nunca falhou comigo, quase todos os jogadores se mantiveram, a equipa técnica também, o que ajudou. A minha continuidade também acabou por ser uma forma de agradecer pelo que fizeram por mim, pelo esforço que fizeram para me manter, pela forma como sempre me trataram todos, desde os meus colegas, a direção e os adeptos. Mas também é uma tentativa de procurar confirmar a boa época que fiz no ano passado, mostrar que não foi um acaso e que tenho o meu valor”.
Em relação ao futuro, o avançado não esconde a ambição, mas cada coisa na devida altura. “Felizmente fui abordado por vários clubes e agradeço a todos, mas olho para além do lado competitivo e financeiro, gosto de estar onde me sinto bem e onde as pessoas são sérias e estou tranquilo em relação aquilo que possa fazer. Senti que pelo menos mais um ano poderia fazer para ajudar a levar o clube a outro nível. Tenho 22 anos, é claro que todos querem sempre mais e melhor e eu não fujo à regra, mas o meu primeiro pensamento é divertir-me, porque se me concentrar nesse pensamento e for eu próprio estarei mais próximo da minha melhor versão. De outra forma as coisas não saem. Mas sim, tenho a ambição de tentar chegar mais acima”, finalizou Pedro Pontes.
