Fotografia: @Pics United
Aos 41 anos, é a paixão pelo futebol que leva o ponta de lança Everton a preparar-se para jogar pelo FC Pedras Rubras, depois de uma carreira futebolística que o levou a viajar pelo mundo.
Da China, à Arábia Saudita, passando por Brasil e Portugal, mas foi na Holanda que o avançado brasileiro marcou a sua história no futebol com a camisola do Heracles Almelo, na Eredivisie, a primeira divisão nacional, onde apontou 70 golos e é ainda hoje o melhor marcador da história do clube.
“Guardo isso com carinho na minha carreira. Foram 10 temporadas a jogar lá e uma fase muito positiva da minha vida”, recordou o avançado. “Na Holanda estava habituado a defrontar grandes jogadores como Jaap Stam ou Phillip Cocu. Na Arábia também joguei contra muitos internacionais de várias nacionalidades”, lembrou.
Fotografia: @Pics United
Com tantos golos na bagagem, Everton diz ser um ponta de lança que se posiciona bem dentro da área, com um excelente pé direito e que promete continuar a marcar.
“Sou o jogador que faz golos, desde sempre na minha carreira”, reconheceu, ele que admite ter adiado a reforma para dar mais força ao projeto do Pedras Rubras, clube em que o próprio já atuou em 2020/21 por 11 vezes e marcou três golos.
“Pareceu muito interessante e quis ajudar a SAD, que tem vindo a crescer”, comentou
Pelo caminho até Portugal, Everton ainda dividiu o balneário com Bas Dost, antigo avançado do Sporting. Seguiu-se o Al Nassr, antes da passagem de Cristiano Ronaldo, onde foi campeão na Arábia Saudita e duas temporadas na China, com as cores do Shanghai Shenxin, pouco antes do campeonato chinês começar a atrair grandes estrelas do futebol. Mas foi a Portugal que Everton acabou por vir parar.
“Vim por opção, para viver, a pensar na segurança da minha família. Depois, como tenho esta paixão pelo futebol, fui jogando”, justificou.
O que se pode dizer é que em Portugal Everton recuperou a veia, uma vez que já atua no país desde 2018/19.
“As coisas têm corrido muito bem! Na época passada, na Ovarense, fomos vice-campeões e fui destaque do campeonato. Na época anterior, em Aveiro, com o Paivense, fui o melhor marcador do campeonato (29 golos) e vice-campeão. Antes, com o Lobão fomos à final da taça e terminamos no terceiro lugar. Portanto, tem corrido bem. Em três épocas fiz 65 golos”, contou.
Depois de tantas experiências ao mais alto nível, o futebol distrital português até o surpreendeu:
“No início não olhava de forma positiva para o futebol português, mas tem melhorado muito. No distrital há muitos jogadores de qualidade, com capacidade para chegar a uma liga profissional, ou uma Liga 3”.
Na próxima temporada vai vestir novamente as cores do Pedras Rubras, mas o destino vai passar por continuar no futebol. “Terminei o curso UEFA B, de treinador, e quero fazer estágio. Em Portugal o nível dos treinadores é muito bom. Vemos isso pela quantidade de treinadores portugueses que temos no Brasil, como Abel e o Artur Jorge. O nível de ensino em Portugal é muito alto e na Europa o nível também é alto e tudo isso tem acrescentado muito à minha experiência”, finalizou.