Não restam grandes margens para dúvidas na cabeça de José Oliveira, treinador do Aparecida, que quer juntar à conquista da Taça AF Porto o título na Hyundai Liga Pro e a consequente subida ao Campeonato de Portugal.
“Se quisermos dar esta alegria a muita gente, temos de ser muito competentes para sermos bicampeões [já conquistou a Divisão de Honra - antigo segundo escalão - na época passada aos comandos do Aparecida] na última jornada e alcançar a dobradinha para o clube, que seria um feito inédito. Seria uma realidade diferente o campeão subir da Honra e voltar a ser campeão na divisão de cima, neste caso na Hyundai Liga Pro, o que é notável e tem de servir de fator de motivação para nós”, sublinhou o treinador.
O Vila FC, já despromovido à Divisão de Elite, é o adversário que vai tentar vencer o atual líder do campeonato, mas José Oliveira desvalorizou a questão. “Vamos procurar ganhar o último jogo, que não está ganho, nem há jogos ganhos antecipadamente. É contra um adversário que já defrontamos no campeonato e na taça, mas que não deixa de ter competência por a época lhes ter corrido menos bem. Mas sim, porque o campeonato é muito difícil, equilibrado e impera a regularidade. O que temos de fazer é chegar ao Vila e ser sérios como até aqui, respeitando o adversário e acreditando muito naquilo que somos capazes de fazer”, alertou José Oliveira.
A liderança do Aparecida assenta em números dignos de registo. Em 40 jogos disputados, incluindo os da Taça, somam-se apenas quatro derrotas.
“Batemos um recorde histórico no sábado passado, desde que cheguei ao Aparecida nunca perdemos em casa e já são quase 700 dias sem derrotas. Em duas temporadas somamos 62 vitórias, estamos à beira dos 300 golos marcados em duas épocas, temos o melhor ataque, acho que são muitos fatores que mostram que temos trabalhado bem e valorizado esta competição da AF Porto. Mas os números não jogam, o que conta são os jogadores e as equipas organizadas, a verdade desportiva e isso faz-nos acreditar que é possível mais qualquer coisa”, argumentou.
Na primeira edição da Hyundai Liga Pro, o campeão só vai ser conhecido na última jornada, mas José Oliveira não estranhou e explicou as asuas razões.
“A realidade da Associação de Futebol do Porto é muito diferente, já estive em outras, e não é desmerecer as outras, mas a forma como foi projetada, o trabalho que foi feito nas redes sociais, de projeção dos jogos, da jornada, o balanço das jornadas e os delegados presentes nos jogos, tudo isso junto fez toda a diferença. As filmagens dos jogos trouxeram mais-valias e ouvi até uma frase que diz que o Presidente da associação é a jato: tão depressa está a pensar, como já está a fazer. Temos de lhe tirar o chapéu a ele e à equipa que escolheu para estar consigo. Entraram cheios de vontade de mudar e trazer coisas boas para estas competições. Temos de dar valor a quem o tem e esta Hyundai Liga Pro foi uma lufada de ar fresco, a par da Taça da AF Porto. A paixão que se vive no distrito é diferente. Devemos aplaudir quem fez este trabalho e a associação tem de estar orgulhosa do que tem feito”.