Taça nas mãos e renovação de José Oliveira abrilhantam noite dos campeões do Aparecida FC


Muitas emoções e homenagens no Aparecida FC, que encerrou a temporada a organizar um jantar de campeões, evento que juntou mais de 200 pessoas entre jogadores, equipa técnica, staff, dirigentes do clube e várias personalidades, que marcaram presença para homenagear o clube campeão da Divisão de Honra da Associação de Futebol do Porto na época 2023/24, que recebeu, este sábado, o troféu pela conquista, das mãos de José Manuel Neves, presidente da associação.

Mas a noite ficou ao rubro, quando Cristóvão Cunha, presidente da formação de Lousada, anunciou a tão esperada renovação de contrato do treinador José Oliveira. Entre cânticos de apoio e aplausos, “foi difícil, demorou cerca de cinco segundos a dizer sim”, ironizou Cristóvão Cunha. “A subida começou a ser preparada quando descemos, no final da época passada, com a aposta feita no José Oliveira, mas o mérito também é de muitos outros que aqui estão”, recordou o presidente do Aparecida que vai jogar na Pró-Nacional, na próxima temporada, aproveitando a reformulação das competições da AF Porto. “Mas depois de contratarmos o mister foi mais fácil, porque ele foi buscar jogadores da sua confiança”, insistiu Cristóvão Cunha.

O Aparecida terminou a primeira fase da Divisão Honra (Série 2) com números impressionantes, somando o maior número de pontos (88 em 90 possíveis) numa competição de 16 clubes, em 30 jornadas, tendo terminado com 29 vitórias, um empate e sem uma única derrota, um feito inédito, em Portugal, num campeonato de futebol sénior.

No contexto distrital, os "Guerreiros da Vila Mítica" detêm agora três recordes na Divisão de Honra, batendo o recorde de golos (111), detêm a defesa menos batida da história da competição (17 golos sofridos) e o maior número de vitórias, ao amealhar 29 em 30 possíveis.

“É um orgulho o Aparecida continuar a fazer história. Merecem os parabéns pelo excelente trabalho que têm feito. Com esta forma de estar, na próxima temporada vão continuar a orgulhar o concelho de Lousada, pelo que vos peço que continuem a ser iguais a vós próprios”, declarou Pedro Machado, presidente da Câmara Municipal de Lousada, presente na homenagem.

Na sua intervenção, José Manuel Neves, sublinhou o facto de o clube de Lousada ter dado, “um passo de gigante rumo aos campeonatos nacionais”, elogiou o papel da autarquia no apoio ao clube e à edificação da academia, cujas obras decorrem a bom ritmo. “O Aparecida superou-se e vai ingressar na Pro-Nacional, uma divisão que vai obrigar a subirem muitos patamares a outros níveis”, apontou, antes de lançar um repto ao Cristóvão Cunha: “O Aparecida também precisa de futebol feminino, de treinadoras, jogadoras e mulheres no futebol. As mulheres não precisam de subir por quotas, mas por mérito e competência”, sublinhou.

Garantidamente nas páginas de ouro da história do clube, o treinador José Oliveira dividiu os louros da temporada: “Nunca antes se tinha visto uma época com tantos recordes, como a que o Aparecida conseguiu, mas isso deve-se, antes de tudo, aos meus jogadores. Aos 93 anos, o clube conquistou o maior título de sempre!”

Jogadores, equipa técnica, staff e dirigentes receberam as medalhas pela conquista da Divisão de Honra ao som de “We are the Champions” e José Oliveira ouviu uma das maiores ovações da noite, quando Cristóvão Cunha anunciou a renovação com muita emoção à mistura, perante uma sala em êxtase.