CD Aves 1930: “Título assenta na capacidade formadora do clube”


A equipa de futsal feminino do CD Aves 1930 é campeã daDivisão de Elite e garantiu o apuramento para a Taça Nacional, a uma jornada do fim do play-off que juntou Caxinas Poça Barca, Estrelas de Rio Mau e Matosinhos Futsal Clube.

Este título ficou garantido com a vitória imposta ao Matosinhos Futsal (0-4), no fim de semana passado, mas sem derrotas sofridas desde o início da época, o que eleva ainda mais a fasquia do trabalho que vem sendo desenvolvido no emblema do Vale do Ave.

“Não há segredos. Tudo tem sido fruto da união, trabalho e da capacidade de todos se transcenderem. É um grupo que tem uma base de trabalho de três anos, que assenta na formação que temos desenvolvido. Na época passada entraram duas jogadoras para o plantel da equipa principal e esta época mais três. Vieram para fortalecer o grupo e ajudar, mas é sobretudo treino e cada vez mais exigência para chegarmos onde estamos. Acabamos 2023 só com vitórias, e esta época só temos um empate, o resto também foram só vitórias”, resumiu Rúben Correia, treinador campeão.

Este percurso impressionante tem concentrado muitas atenções, porque a qualidade das jogadoras é inquestionável há muito tempo, mas aos que apontam um campeonato fácil demais, o treinador responde sem problemas: “É verdade que a tendência é ouvirmos dizer que o campeonato foi fácil, mas eu digo que somos nós que o tornamos fácil. Tivemos jogos apertados contra Matosinhos, Caxinas e Rio Mau, equipas da fase de apuramento de campeão, mas também goleamos em alguns jogos. Fora de casa, tivemos sempre apertado, só em casa, no nosso caldeirão, é que as coisas se tornaram mais acessíveis, mas foi porque fizemos por isso”.

O último jogo em casa é um exemplo daquilo que Rúben Correia procurou explicar: “Estivemos a perder 5-2, a cinco minutos do fim, mas ainda viramos para 7-5. 

O foco do Aves 1930 passa, evidentemente, por tentar atacar a subida de divisão, mas o treinador detalhou como é que tem motivado o grupo de trabalho. “Estabelecemos objetivos. O diário é fazer cada vez melhor, o semanal é ganhar ao fim de semana e o mensal acabar cada mês com saldo positivo de golos e no primeiro lugar. A longo prazo, o primeiro objetivo era a Taça Nacional, ser campeão e passar à primeira fase, com o foco na subida à II Divisão. Até subirmos vamos ter de defrontar adversários fortes, inclusive, de outras associações”, avisou.

Formação é boa e recomenda-se

 

Mas o futsal feminino do Aves é muito mais do que a sua equipa sénior. O trabalho de base que tem sido feito tem mostrado cada vez mais qualidade. “Estou cá há quatro épocas e o projeto do Aves passa por fazermos mais e melhor com base na formação. Neste campeonato utilizamos 22 atletas e dessas, 16 passaram pela formação do Aves, ou seja, todos os projetos de futsal feminino do clube vão passar muito por aí, porque temos um orçamento reduzido”, justificou.

De qualquer forma, só esta temporada, a equipa Sub-23 de futsal feminino do clube também ganhou a Divisão de Honra sem perder (7 vitórias e 3 empates). A equipa Sub-19 lidera a zona Norte do Nacional, ainda sem perder também e a equipa Sub-15 ficou no segundo lugar do campeonato interdistrital feminino Porto/Aveiro, pelo que o futuro do futsal feminino do clube é risonho.