Pedro Pauleta olha para a Elite como a “mais competitiva de todas”


Pedro Pauleta terminou a temporada como melhor marcador da Divisão de Elite de futebol, com 24 golos apontados em 23 jogos, mais de metade dos 56 marcados pelo Canidelo, em 2022/23. O avançado revelou-se decisivo e foi um dos maiores responsáveis pelo terceiro lugar do emblema de Vila Nova de Gaia na Série 1, a dois pontos do segundo, o Coimbrões, terminando às portas da fase de apuramento de campeão. “Adaptei-me bem à equipa, quando entrei correu tudo bem, os golos e os resultados foram aparecendo”, explicou o avançado, quando confrontado com os números, longe de revelar qualquer tipo de segredo para o seu rendimento.

A dois pontos do Coimbrões e quatro do Oliveira do Douro, na Série 1, a temporada do Canidelo na Elite surpreendeu muita gente. “A competitividade é forte, muito igual ao que já conhecia da minha última passagem pelo Canidelo [2018/19]. Esta época a distância para os primeiros não foi muita, o que diz bem do equilíbrio que houve. Acho que a competitividade foi até maior”, reconheceu.

Pedro Pauleta não tem dúvida que é de esperar mais do mesmo nas próximas temporadas. “A Elite é um objetivo para muitos jogadores e a da distrital do Porto será uma das melhores, senão a mais competitiva. Há muito equilíbrio, é sempre muito interessante”, apontou.

Em relação aos golos, o avançado não se deslumbra, nem promete carregar nem mais, nem menos, responsabilidade na temporada que está prestes a iniciar ao serviço do Rebordosa AC, que vai voltar a competir no Campeonato de Portugal nesta temporada.

“O objetivo é sempre esse, fazer melhor, ser melhor todos os dias. Sem esquecer que sem os nossos colegas não conseguimos fazer nada. O campeonato pode mudar, mas a vontade é sempre a mesma, queremos sempre superar-nos a seguir. No meu caso despertou o interesse de outros clubes, surgiram algumas abordagens, e apareceu o Rebordosa. Fiquei muito contente com a oportunidade que me deram”, congratulou-se.

Mas Pedro Pauleta não se ilude, porque a realidade já lhe ensinou mais do que uma vez que as previsões de pouco servem. Tenho tido algum azar com lesões, além de duas épocas de Covid que me impediram de fazer épocas completas. Sofri uma lesão na minha primeira passagem pelo Canidelo e não tenho tido muita sorte para fazer números que acho que sou capaz de alcançar. Mas também não quero marcar os golos todos (risos), porque os meus colegas podem ficar um pouco chateados, se for sempre eu”, desdramatizou.

“O objetivo é começar bem a época, ajudar a equipa e ganharmos. Se for com golos meus melhor, mas o que tiver de acontecer vai acontecer de maneira natural. O Campeonato de Portugal é mais forte, as equipas conhecem melhor os adversários, há uma preparação diferente para melhor, mais cuidados fisicamente, nota-se a diferença. O nível é mais elevado, como é de esperar”, finalizou.